domingo, 20 de novembro de 2011

Tudo que você precisa saber sobre o peido


As informações deste artigo não é o que se pode dizer: “isso era tudo o que eu precisava saber nesta sexta-feira!” Mas pelo menos dá pra terminar a semana com uma pitada de humor, ainda que pareçam bem verídicas.

Observação: Dedico as informações aqui compartilhadas a uma amiga. Não posso colocar o nome, mas ela saberá que é de coração.

1. O que é o flato? Do que ele é feito?

Flato, do latim flatus, significa sopro e é uma composição de gases altamente variável, expelida pelo ânus.

É formado por parte do ar que engolimos, que é quase só nitrogénio e dióxido de carbono, pois o organismo absorve o oxigénio, e gases resultantes das reações químicas entre ácido estomacal, fluidos intestinais e flora bacteriana.

Ou seja, dióxido de carbono, hidrogénio e metano.

2. O que faz os peidos cheirarem mal?

O odor dos peidos vem de pequenas quantidades de sulfeto de hidrogénio (gás sulfídrico) e enxofre livre na mistura.

Quanto mais rica em enxofre for sua dieta, mais desses gases vão ser produzidos pelas bactérias no seu intestino e mais os seus peidos vão cheirar mal.

Pratos como cebola, couve-flor e ovos são notórios por produzirem peidos fedorentos. Feijão, por exemplo, produz grandes quantidades de peidos não necessariamente fedurentos.

3. Por que os peidos fazem barulho?

Os sons são produzidos pela vibração da abertura anal.

O som depende da velocidade da expulsão do gás e de quanto estreita for a abertura dos músculos do esfíncter anal.

4. Quanto gás uma pessoa normal produz por dia?

Em média, uma pessoa produz cerca de um litro de peido por dia, distribuído em cerca de 14 peidos diários.

Pode ser difícil para você determinar o volume dos seus peidos diários, mas você pode estimar quantas vezes peida.

Pense nisso como uma pequena experiência científica: anote tudo que você come e conte o número de vezes que você peida. Você pode inclusive anotar sobre o fedor deles.

Você descobrirá uma relação entre o que você come, quanto você peida, e quanto seus peidos cheiram mal.

5. Quanto tempo leva até que o peido chegue ao nariz de alguém?

Isso depende das condições atmosféricas, humidade e velocidade do vento, além da distância entre as pessoas também. Os peidos também se dispersam e sua potência nauseante diminui com a diluição.

Condições excepcionais existem quando o peido é libertado numa área pequena e fechada, como um elevador, um quarto pequeno ou um carro, porque essas condições limitam a quantidade de diluente possível (ar) e o peido vai permanecer numa concentração perceptível por mais tempo, até que se condense nas paredes.

6. É verdade que algumas pessoas nunca peidam?

Não. Se elas estiverem vivas, peidam.

Pessoas podem peidar até mesmo algumas horas depois de mortas.

7. Homens peidam mais que mulheres?

Mulheres peidam tanto quanto homens.

O caso é que os homens têm mais orgulho disso.

8. Em que parte do dia um “gentleman” está mais sujeito a peidar?

Durante a manhã, quando estiver no quarto de banho. Isso é conhecido como “trovoada matinal”.

Se o gentleman conseguir uma boa ressonância, ele pode ser ouvido na casa inteira.

9. Por que o feijão faz as pessoas peidarem tanto?

O feijão contém açúcares que seres humanos não conseguem digerir. Quando esses açúcares chegam aos nossos intestinos, as bactérias fazem a festa e produzem um monte de gás.

Outros produtores notórios de peidos são milho, pimenta, repolho e leite.

10. Um peido é mesmo só um arroto que saiu pelo lado errado?

Não, a frase “arroto é um peido maroto que subiu de elevador” é puro folclore.

Arroto vem do estômago e tem composição química diferente de um peido.

Os peidos têm menos ar atmosférico e mais gases produzidos por bactérias.

11. Para onde vão os peidos quando você segura eles?

Quantas vezes você segurou um flato, pretendendo soltá-lo na primeira oportunidade apropriada e depois descobriu que ele tinha “desaparecido” quando você estava pronto?

Ele saiu lentamente sem a pessoa saber?

Foi absorvido pela corrente sangüínea?

O que aconteceu com ele?

Os médicos concordam que o peido não é nem libertado nem absorvido. Ele simplesmente volta para os intestinos e sai depois. Isso reafirma o facto de que os peidos não são realmente perdidos, e sim adiados.

12. É possível mesmo “acender” peidos?

A resposta é SIM. Normalmente os puns incluem metano e hidrogénio, ambos são gases inflamáveis. Entretanto, você deve estar avisado de que colocar um peido em ignição é perigoso. Não só a chama pode subir de volta para seu cólon, como a sua roupa e o que estiver ao redor pode pegar fogo.

Cerca de 25% das pessoas que o fizeram queimaram as bordas e os cabelinhos do ânus.

Peidos tendem a se traduzir em chamas azuis ou amarelas.

13. Por que as meninas não assumem seus peidos?

Acho que você deveria começar dizendo que somente algumas meninas não assumem seus peidos. A razão é cultural. Elas são ensinadas a pensar que peidar não é coisa que uma dama faça.

É um grande erro pensar assim. Todas as pessoas praticam a emissão de gases anais.

14. Cheirar peido deixa “chapado”?

Não se conhecem agentes intoxicantes na flatulência.

15. É possível enlatar um peido para uso posterior?

Teoricamente sim, mas há uma série de problemas logísticos. Você pode tentar usar um saco plástico ao invés de uma lata.

Você pode usar o seguinte como uma experiência de feira de ciências: peide em vários sacos plásticos e os feixe com cuidado. Então encha outros sacos com ar normal. Espere 6 horas.

Então eleja voluntários para cheirar o conteúdo dos sacos e verifique se eles conseguem dizer se o que tem ali dentro é peido ou é ar. Isso vai te dar a informação se é possível guardar peidos.

Se você fizer na banheira e se inclinar de forma que seus peidos emirjam como bolhas na sua frente e não por trás, você pode pegar as bolhas numa garrafa e ter peidos puros dentro de garrafas, sem estarem contaminados com ar atmosférico.

16. É estranho gostar de peidar?

Não. Mas se a pessoa peida numa quantidade que lhe traz problemas e infelicidade, deveria consultar seu médico.

17. De que cor é o peido?

Via de regra, incolor, porque os gases que o constituem são incolores.

Imagine que interessante seria peidar laranja, tipo dióxido de nitrogénio.

Ninguém mais perguntaria de quem é o peido.

18. Outras pessoas sentem mais o cheiro do peido do que o “autor”?

O peido deveria cheirar tanto para quem o fez quanto para as pessoas que dele “desfrutam”. Mas quem fez leva vantagem pelo facto de que propeliu o ar para longe do seu corpo, numa direção oposta à do seu nariz.

Peidar contra o vento anula essa vantagem.

fonte: Você Sabia?

Origem do sinal arroba


De onde vem o misterioso sinal @, a que os portugueses chamam «arroba», os norte-americanos e ingleses «at», os italianos «chiocciola» (caracol) e os franceses «arobase»? Porque razão foi ele escolhido para os endereços de correio electrónico? Na verdade, não conhecemos ao certo a origem deste misterioso símbolo. Nem estávamos preocupados com o problema, até que ele começou a entrar no nosso dia-a-dia e foi preciso arranjar-lhe uma designação.

A princípio, os portugueses chamavam-lhe «caracol», «macaco» ou outro nome claramente inventado. Depois, houve quem reparasse que a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira dizia tratar-se do símbolo de arroba, pelo que esse nome pegou.

Que terá a arroba a ver com esse sinal? Não se sabe ao certo, mas há pouco mais de um ano, o investigador italiano Giorgio Stabile descobriu um documento veneziano datado de 1536 onde esse símbolo aparecia. Estava aí a representar ânforas, utilizadas como unidades de peso e volume. Posteriormente, num vocabulário Latim-Espanhol de 1492, Stabile encontrou o termo «arroba» como tradução castelhana do latim «amphora». A ânfora e a arroba, concluiu o investigador italiano, estariam na origem da estranha letra retorcida.

O encadeamento dos factos é fascinante, mas há pontos obscuros. A palavra «arroba» não tem qualquer relação com «ânfora», pois vem do árabe «ar-ruba’a», designando «um quarto» ou «a quarta parte», como se aprende no Dicionário Etimológico de José Pedro Machado. Trata-se de uma unidade de peso que equivale a 14,788 quilogramas e que habitualmente se arredonda para 15kg. Podia ser que uma ânfora cheia de vinho tivesse esse peso, mas a semelhança fica por aí.

No século XVII o mesmo símbolo reapareceu, mas com outro significado. Utilizava-se para abreviar a preposição latina «ad», que significa «para», «em», «a», e que se usava para introduzir os destinatários das missivas. Condensava-se o «a» e o «d», num único carácter. É a chamada ligatura. O dicionário brasileiro Aurélio diz que ligatura é a «reunião, num só tipo, de duas ou mais letras ligadas entre si, por constituírem encontro frequente numa língua». Nesse mesmo dicionário da língua portuguesa confirma-se o símbolo @ como abreviatura de arroba.

O misterioso @ continuou a ser utilizado até ao século XIX, altura em que aparecia nos documentos comerciais. Em inglês lia-se e lê-se «at», significando «em» ou «a». Quem percorra as bancas de fruta ou os mercados de rua norte-americanos vê-o frequentemente. Os vendedores escreviam e continuam a escrever «@ $2» para significar que as azeitonas se vendem a dois dólares (cada libra, subentenda-se). Para eles não se trata de nenhuma moda: sempre viram aquele símbolo como a contracção das letras de «at».

Na máquina de escrever Underwood de 1885 já aparecia o @, que sobreviveu nos países anglo-saxónicos durante todo o século XX. O mesmo não se passou nos outros países. No teclado português HCESAR, por exemplo, que foi aprovado pelo Decreto-lei 27:868 de 1937, não existe lugar para o @. Por isso, quando o símbolo reapareceu nos computadores, ele tinha já um lugar cativo nos teclados norte-americanos, por ser aí de uso frequente. Nos nosso teclados só foi acrescentado nos anos 80 e encavalitado noutra tecla: é preciso pressionar simultaneamente Ctrl+Alt+2 ou AltGr+2 para o fazer aparecer.

Quando o correio electrónico foi inventado, o engenheiro Ray Tomlinson, o primeiro a enviar uma mensagem entre utilizadores de computadores diferentes, precisou de encontrar um símbolo que separasse o nome do utilizador do da máquina em que este tinha a sua caixa de correio. Não queria utilizar uma letra que pudesse fazer parte de um nome próprio, pois isso seria muito confuso. Conforme explicou posteriormente, «hesitei apenas durante uns 30 ou 40 segundos… o sinal @ fazia todo o sentido». Estava-se em 1971 e esses 30 ou 40 segundos fizeram história, mas criaram um problema para os países não anglo-saxónicos. Não foi só nos teclados, foi também na língua.

Em inglês, «charles@aol.us» entende-se como «Charles em aol.us», ou seja, o utilizador Charles que tem uma conta no fornecedor AOL, situado nos Estados Unidos. Mas em português não soa bem ler «fulano@servidor.pt» dizendo fulano-arroba-servidor.pt. Nem tem muito sentido. Mas qual será a alternativa? Uma solução seria seguir o inglês e dizer «at». Outra ainda seria dizer «a-comercial», como nos princípios do século XX se chamava a esse símbolo no nosso país. Talvez o melhor fosse utilizar «em». Mas haverá soluções mais imaginativas. Quem quiser gastar o seu latim pode proclamar «ad», rivalizando em erudição com o mais sábio dos literatos. Ou surpreender toda a gente, anunciando uma «amphora» no seu endereço.