Vou chamar à minha bebida, com o devido pedido de desculpa às três pessoas que a provaram, Coca-Cola. É preciso ser bastante simpático para encontrar semelhanças entre a mistela preparada na minha cozinha e o refrigerante mais famoso do mundo. O aroma que estava no ar era, de facto, o da Coca-Cola, o sabor a limão tinha algumas semelhanças e até a água com gás ajudava a perceber que não estávamos a preparar um chá com uma cremosa espuma de leite por cima.
O pior foi o resto: a bebida não sabia mal, mas ficou clara de mais, muito amarga e frutada. A experiência da nossa Coca-Cola caseira demorou três horas a fazer e duas semanas a preparar: é preciso ter ingredientes como cafeína – que só se consegue comprar na farmácia e com receita média – e óleos como o de coentros ou noz moscada, que encontrámos na Amazon. O laboratório improvisado não surgiu por acaso: queríamos perceber se a fórmula divulgada pela Chicago Public Radio era credível.
De acordo com a estação norte-americana, a receita original da Coca-Cola foi encontrada na edição de 18 de Fevereiro de 1979 do Atlanta Journal Constitution. Até pode ser, mas se está a pensar fazer Coca-Cola em casa prepare-se para ter que provar as bebidas sozinho – depois do primeiro teste, os voluntários começam a desaparecer...
fonte: SÁBADO
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